O site panamenho La Prensa denunciou neste  início de semana que os Estados Unidos estão jogando milhões de dólares  na  construção de três unidades militares no Panamá. Algo gravíssimo se  considerarmos a presença norte-americana já com sete bases na Colômbia  (a maioria desde 2009), mais uma no Paraguai e outra no Equador.
Sem  contar que desde meados de 2008, Tio Sam reativou sua IV Frota,  complexo naval que a partir da Flórida passou a patrulhar o Atlântico  Sul. Isto no discurso deles, porque na prática sua ação é de defesa dos  interesses norte-americanos no continente.
Os documentos sobre a expansão militar dos EUA para os lados de cá, a partir da América Central (Panamá) estão online   e foram passados ao site La Prensa pela organização norte-americana Fellowship of Reconciliation.
As  três novas bases norte-americanas estão programadas para serem  construídas na Ilha Grande, Puerto Obaldía e El Porveniro. O governo do  Panamá afirma que não aprovou nada, ainda, mas que as bases deverão ser  implantadas por empresas panamenhas.
Por quase um século EUA ocuparam o Canal do Panamá
A  reportagem do site informa que o Comando do Sul, do Departamento de  Defesa dos EUA, levanta informações sobre os territórios que sediarão  estas futuras bases. Um funcionário norte-americano afirmou ao La Prensa  que as instalações não serão bases militares, mas "estações aeronavais"  e que fazem parte da “relação bilateral em matéria de segurança” entre o  Panamá e EUA.
O funcionário adiantou que após a construção não  haverá nem contingente militar, nem membros do governo americano nas  unidades. Hoje, um total de US$ 6 milhões é investido na melhoria da  infraestrutura da segurança no Panamá.
Vale sempre lembrar que  depois de ocuparem por décadas e considerarem propriedade sua o Canal do  Panamá, os EUA dali se retiraram há pouco tempo. Um total de 715  contratos já foram firmados entre os dois países, dentro de sua relação  especial.
Pretexto é sempre o mesmo: combate ao narcotráfico
Há  dois anos, inclusive, o ministro panamenho de Segurança, José Raúl  Mulino, negou a existência de acordos para instalação de bases militares  americanas em seu país e, também, a entrada de ajuda militar dos EUA ou  de qualquer outro governo ao Panamá.
O fato, porém, é que em  2010, aviões não tripulados de espionagem operaram "em fase de teste" a  partir do Aeroporto Internacional de Tocumen a 24 km da Cidade do  Panamá, capital do país. Além disso, foram construídas unidades  “anti-narco terrorismo” nas fronteiras com a Costa Rica, no Mar do  Caribe, e em parte da costa do Pacífico. O pretexto é sempre o mesmo:  controle e combate ao tráfico de drogas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem vindo, deixe seu comentário, mas cuidado com as palavras, eu sou o dono desse blog, não você.
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, não será publicado comentários que firam a lei e a ética.